quarta-feira, 31 de maio de 2017

Compras no mês de maio

Estes foram os livrinhos que comprei durante o mês de maio!


A Bela e o Monstro - Novelization, Elizabeth Rudnick

Sensibilidade e Bom Senso, Jane Austen

O Monte dos Vendavais, Emily Brontë 

Pés Alados - Biografia de Telmo Ferreira, Sandra Nobre

As Crónicas de Nárnia: O Sobrinho do Mágico #1, C. S. Lewis

Percy Jackson e os Ladrões do Olimpo #1, Rick Riordan 

Três semanas com o meu irmão, Nicholas Sparks 

Um pedacinho de Céu (série Quarteto Smythe-Smith #1), Julia Quinn





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sábado, 27 de maio de 2017

Novidades lançadas e em prá-lançamento em Portugal:

Nos últimos meses deste ano, muitas têm sido as novidades que chegaram e ainda vão chegar a Portugal. Alguns são recentes, outros apenas agora estão a ser editados cá. De qualquer forma, parece-me que este verão vai ser recheado de ótimas leituras, e bem fresquinhas! 
Deixo aqui algumas sugestões que quero ler. Espero que gostem :)  



Isto Acaba Aqui (It Ends with Us), Colleen Hoover

Um Reino de Sonho (Westmoreland Saga #1), Judith McNaught

Um Pedacinho de Céu (Smythe-Smith Quartet #1), Julia Quinn

Amor e Gelato (Love & Gelato), Jenna Evans Welch

O Mundo Confuso de Jonathan (Jonathan Unleashed), Meg Rosoff

À Conquista do Teu Coração (The Bucket List to Mend a Broken Heart), Anna Bell

O Coração de Simon Contra o Mundo (Simon vs. the Homo Sapiens Agenda), Becky Albertalli

A Única Memória de Flora Banks (The One Memory of Flora Banks), Emily Barr

A Química dos Nossos Corações (Our Chemical Hearts), Krystal Sutherland

A Sereia (The Siren), Kiera Cass 

O Universo nos Teus Olhos (Holding Up the Universe), Jennifer Niven

Conta-me Três Coisas (Tell Me Three Things), Julie Buxbaum 

Antes do Futuro (The Future of Us), Jay Asher

Follow Me Back, A. V. Geiger

Os Passageiros do Tempo (Passenger #1), Alexandra Bracken  

O Pássaro da Noite: O mistério de Sidwell (Nightbird), Alice Hoffman

A Rapariga Mais Sortuda do Mundo (Luckiest Girl Alive), Jessica Knoll

Nimona, Noelle Stevenson





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Séries para começar a ler (parte 2) :

A lista das séries para começar não tem um fim à vista! São muitas, eu sei, eu sei! Só não sei como vou conseguir ahah! A maior parte destes livros são clássicos juvenis e romances :) 



Anne dos Cabelos Ruivos (Anne of Green Gables), L. M. Montgomery

Uma Casa na Pradaria (Little House), Laura Ingalls Wilder

As Gémeas no Colégio de Santa Clara (St. Clare's), Enid Blyton 

Pão, Mel e Amor (Little Beach Street Bakery), Jenny Colgan

The Bookshop on the Corner, Rebecca Raisin

Weird Things Customers Say in Bookshops, Jen Campbell

Louca por Compras (Shopaholic), Sophie Kinsella

Viver depois de ti (Me Before You), Jojo Moyes 

Um Marquês Irresistível (The Rules of Scoundrels), Sarah MacLean

O Diabo Veste Prada (The Devil Wears Prada), Lauren Weisberger

With Every Letter (Wings of the Nightingale), Sarah Sundin

Apenas um Dia (Just One Day), Gayle Forman

Rebel Belle, Rachel Hawkins

O Diário de Carrie (The Carrie Diaries), Candace Bushnell

Romance com o Duque (Castles Ever After), Tessa Dare

I Heart New York (I Heart), Lindsey Kelk

After, Anna Todd




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(Primeiros volumes de cada série acima referida)

segunda-feira, 15 de maio de 2017

Pés Alados - Biografia de Telmo Ferreira, Sandra Nobre



Título: Pés Alados - Biografia de Telmo Ferreira
Autora: Sandra Nobre
Editora: Nova Delphi 
Publicação: março de 2017
Nº de Páginas: 92
ISBN:  978-989-747-046-2
Temática: Biografia
Lido: 12-05-2017 a 14-05-2017
Classificação: 4/5 estrelas








Sinopse: 
Biografia do percurso de vida de Telmo Ferreira, que se entrelaça com a existência do grupo de dança inclusiva Dançando com a Diferença.
«Foi um menino de Câmara de Lobos, quando a vila era a chaga da ilha.
Cresceu de mão estendida, passou fome, não aprendeu a ler.
Por linhas tortas, a vida ganhou outro rumo. Idealizou uma família.
Nunca desistiu.
A dança foi uma descoberta. Ele juntou-lhe talento.
O Grupo Dançando com a Diferença deu-lhe mundo e afetos.
Telmo tem 27 anos e voou para além do que poderia ter sonhado...»



Opinião:
Escrito pela jornalista Sandra Nobre, é um livro simples, que retrata a história de vida de Telmo, um jovem madeirense de 27 anos, que teve uma infância dura e cruel. Foi 'menino das caixinhas', pedinte forçado nas ruas de Câmara de Lobos. Vítima da miséria, da violência, da fome, do abandono. A vida já lhe tinha ensinado muito, em tão tenra idade. Mas a sua vida muda no momento em que descobre Henrique Amoedo, professor e coreógrafo, e entra no mundo da Dança.

Descobri a história e o livro do Telmo recentemente numa reportagem da TVI, do jornalista Paulo Salvador. Por isso, este livro não estava nos meus planos. Mas ainda bem que descobri esta história e que li este livro. Foi uma oportunidade para conhecer histórias de pessoas extraordinárias. A história de Telmo comoveu o país e milhares de portugueses deixaram mensagens de apoio e carinho nas suas redes sociais.

Como mandei vir o livro da internet, não sabia ao certo qual seria o seu tamanho, apesar de já esperar que fosse pequeno. Mas não esperava que fosse tãooo pequeno! Logo, lê-se bastante bem e rapidamente, pois tem apenas 92 páginas. Talvez o objetivo fosse exatamente esse, que não fosse algo muito grande, tendo em conta que a escritora desenvolve trabalhos de 'Storytelling', com livros de Short Stories. No entanto, penso que a narrativa poderia ter sido mais aprofundada, com mais detalhes e mais histórias. É o único aspeto menos positivo que lhe encontro. Porque como leitora que sou e acima de tudo, apreciadora de histórias verídicas, gostava de ter lido mais.

Mas à parte isto, é um ótimo livro, sobretudo por ser inspirador, em vários sentidos. Deu-me a conhecer o grupo ''Associação dos Amigos da Arte Inclusiva - Dançando com a Diferença', onde pessoas com e sem deficiência partilham de igual modo os palcos, o mundo da dança e da arte. Já contam com diversos espetáculos pelo mundo fora. Fico feliz por saber que este grupo existe. Que com naturalidade e sem preconceitos, se quebram estigmas e barreiras sociais. Onde as pessoas se adaptam umas às outras, onde se ultrapassam limitações e se superam barreiras físicas e cognitivas. Onde a sensibilidade artística e as relações de afeto criadas são o mais importante. Para muitos dos bailarinos, o grupo é um porto seguro, um desafio constante, mas muito recompensador. É essencial que este grupo continue a crescer, que haja mais aceitação e entendimento por parte das pessoas, e que continuem a mostrar ao mundo como são especiais. 

Este livro é sobre muitas coisas. É sobre sobrevivência, resiliência, trabalho, igualdade, afetos, dedicação, humildade, partilha, sorrisos, bondade, persistência, amor. É sobre realizar sonhos, mesmo com as adversidades da vida. É sobre 'voar mais alto'. É sobre acreditar e fazer a diferença, todos os dias, por um mundo melhor.  É uma lição de vida. 

''Ninguém fica indiferente a um espetáculo do grupo Dançando com a Diferença. Algumas pessoas não chegam a entender, mas essas perderão muito pouco tempo a pensar na vida e o que cada uma cá anda a fazer. Outras incomodam-se com o confronto das mensagens, um murro no estômago, um relativizar de toda a existência mundana, vão às lágrimas. A deficiência, assim mostrada, tem um lado belo, onírico, poético. É a diferença entre a realidade e a arte, entre a terapia e a dança.'' 
- Sandra Nobre, Pés Alados 




(Menina da Lua, interpretado por Telmo e Bárbara,
do grupo Dançando com a Diferença, 2017)


domingo, 14 de maio de 2017

Os Maias, Eça de Queirós


Título: Os Maias
Subtítulo: Episódios da Vida Romântica
Autor: Eça de Queirós
Editor: Clube do Autor
Publicação Original: 1888 
Nº de Páginas: 624
ISBN: 9789897240546
Género: Romance
No Goodreads: 4/5 estrelas 










Sinopse:
O romance conta a história de três gerações da família Maia, protagonizada por Carlos da Maia, cujo nascimento é marcado pela tragédia, devido à fuga da mãe e ao suicídio do pai, no entanto, vive uma infância e juventude felizes ao lado do avô Afonso, que sempre lhe proporcionou tudo.

A ação tem início em 1875, em Lisboa, com a mudança de Carlos e Afonso para o Ramalhete. Algum tempo após a instalação em Lisboa, Carlos conhece Maria Eduarda, e os dois apaixonam-se, vivendo uma relação forte e intensa, até ao momento em que, por mero acaso, descobrem um segredo que irá mudar as suas vidas para sempre. 


Opinião:
Ao longo de toda a obra, paralelamente à intriga principal, é feita uma crítica político-social, ou seja, a Crónica de Costumes, à sociedade lisboeta oitecentista, onde são exaltados os defeitos de Portugal, que impedem o seu progresso. De um modo geral, as personagens representam um vício ou uma mentalidade. É criticada a corrupção, o atraso intelectual, a educação,
o oportunismo, o declínio económico, as relações por interesse, a vida boémia, entre outros. Lisboa é o palco desta crítica. 

Carlos da Maia e João da Ega foram as duas personagens que mais gostei, apesar da mentalidade machista e da vida boémia, mas ambos possuíam um espírito livre, vivo e uma voz crítica. De facto, renderam-se aos vícios da sociedade, mas destaco a sua superioridade intelectual das restantes personagens. O João da Ega, há quem diga que é o autor colocado na obra, era um excêntrico, sentimental, romântico, crítico de Portugal e era bastante machista, mas era o amigo incondicional e insubstituível, para qualquer ocasião, confidente e conselheiro de Carlos, era humilde para com ele próprio e para com aquela amizade. Gostei muito da amizade entre estes dois! 

Uma das caraterísticas que considero mais curiosas, foi a existência de presságios, pois muitos deles 
são bastante evidentes ao dar a entender o que ia acontecer, mas tornam a história ainda mais cativante porque queremos acompanhá-la até ao fim. Gostei porque quando comecei a ler, tinha apenas uma vaga ideia sobre a história e não fiz nenhuma pesquisa, por isso foi ótimo não saber como a história ia terminar e ir descobrindo o que iria acontecer, à medida que ia lendo. E acima de tudo não saber qual o segredo que ligava Carlos a Maria Eduarda!

As extensivas descrições e os muitos pormenores tornam a história mais brilhante, permitem quase visualizar as cenas, logo, não considero um aspeto negativo. A escrita tem características românticas, realistas, naturalistas e até autobiográficas, numa linguagem rica e rigorosa. Compreendo o porquê de não ser um livro particularmente fácil de ler, não só pelas muitas e longas descrições, o que nem sempre é apreciado, mas por ser um livro de leitura obrigatória no secundário, o que a meu ver faz com que se perca algum interesse pela sua leitura. É daqueles livros que temos de ler porque queremos e porque gostamos do estilo, do género, do autor ou porque nos despertou a atenção por algum motivo. É preciso igualmente ter uma noção de como era esse Portugal do século XIX, que não é muito diferente do Portugal de hoje.

Como aspeto negativo, destaco apenas o facto de que apesar de todas as personagens serem ridicularizadas, Carlos e Maria Eduarda escapam de certo modo à crítica, isto é, funcionam como modelos a seguir na sociedade. Embora cometam tantos ou mais erros como o resto das personagens, para o narrador isso não é considerado importante, sendo muitas vezes apenas realçadas as suas características positivas. Pessoalmente, considero também que o final não está em sintonia com os capítulos anteriores, porque após tantos episódios, ficou um pouco aquém das minhas expetativas iniciais. Não sabia exatamente o que esperar mas desiludiu-me um pouco. 

Escrito no século XIX e considerado um dos mais prestigiados livros de toda a Literatura Portuguesa, já foi editado e reeditado em várias línguas, ao longo dos anos. Eça de Queirós é genial. Possui a facilidade de ‘brincar’com as personagens e com as histórias que escreve e ora sério, ora sarcástico, satirizou a sua época, sempre sob um olhar crítico e um humor refinado. A sua imaginação reflete-se na originalidade e na sinceridade que colocou neste livro. 

Adorei mesmo ter lido Os Maias. Como li para a escola, li mais depressa do que era suposto e houve algumas coisas que me passaram um pouco ao lado. Já passaram três anos mas é um livro que quero mesmo muito reler, talvez ainda o faça este ano. É muito completo, em todos os aspetos. Recomendo sem dúvida a sua leitura!


Deixo aqui alguns quotes do livro:

‘‘Falhámos a vida, menino! - Creio que sim... Mas todo o mundo mais ou menos a falha. Isto é, falha-se sempre na realidade aquela vida que se planeou com a imaginação. Diz-se: «vou ser assim, porque a beleza está em ser assim». E nunca se é assim, é-se invariavelmente assado, como dizia o pobre marquês. Às vezes melhor, mas sempre diferente.” 

‘‘Portugal decidira arranjar-se à moderna: mas sem originalidade, sem força, sem carácter para criar um feitio seu, um feitio próprio, manda vir modelos do estrangeiro - modelos de ideias, de calças, de costumes, de leis, de arte, de cozinha... Somente, como lhe falta o sentimento da proporção, e ao mesmo tempo o domina a impaciência de parecer muito moderno e muito civilizado - exagera o modelo, deforma-o, estraga-o até à caricatura.’’

“- O quê!? Se tinha intenção de ofender o Dâmaso quando o ameacei de lhe arrancar as orelhas? De modo nenhum: tinha só intenção de lhe arrancar as orelhas!” 








Lisboa no século XIX

                                                

sexta-feira, 12 de maio de 2017

Melhores livros de Não-Fição sobre animais:

Como já referi anteriormente, adoro livros de histórias verídicas. Sobretudo se envolverem animais.
Eis os livros que mais gostei de ler:


Marley & Eu, John Grogan

Óscar, David Dosa

Oogy, Larry Levin

Dewey, Vicki Myron

Querido Ollie, Stephen Foster

Trilogia Bob The Cat, James Bowen 





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Top 10 de livros de Não-Ficção:

Histórias verídicas é sem dúvida um dos meus géneros preferidos. Muitas das vezes são histórias difíceis de ler, porque tratam temas igualmente difíceis. Requerem bastante estrutura emocional, mas inspiram e fazem pensar. Sobretudo quando sabemos que no fim, o/a autor/a conseguiu superar as adversidades que a vida lhe impôs e encontrar um caminho mais feliz. E acima de tudo, conseguir transmitir uma mensagem de esperança e ajuda a todos aqueles que também passaram pelo mesmo. 

Deixo aqui o meu top 10, dos livros de memórias e testemunhos verídicos que mais gostei, dentro dos que já li. Espero que gostem!!


O Miúdo, Kevin Lewis

O meu triste segredo, Jenny Tomlin

Uma criança tratada como 'coisa', Dave Pelzer

Vida Roubada, Jaycee Dugard

Apavorada, Sharon McGovern

Almas Gémeas, Alan e Irene Brogan

O silêncio dos outros, Lydia Gouardo

O Filho de Ninguém, Michael Seed

Escolhi Viver, Elizabeth Smart

3096 dias, Natascha Kampusch
  



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quinta-feira, 11 de maio de 2017

Fables, Vol 1: Legends in Exile, Bill Willingham



Título: Fables, Vol 1: Legends in Exile
Autor: Bill Willingham 
Ilustradores: Lan Medina, Steve Leialoha, Craig Hamilton
Editora: Vertigo
Género: Banda Desenhada (Comic Books)
Publicação Original: julho de 2002
Nº de Páginas: 128
ISBN: 1563899426
Classificação Temática: Fantasia, Mistério
Lido: 18-07-2016 a 19-07-2016
No Goodreads: 4/5 estrelas








Sinopse: 

When a savage creature known only as the Adversary conquered the fabled lands of legends and fairy tales, all of the infamous inhabitants of folklore were forced into exile. Disguised among the normal citizens of modern-day New York, these magical characters have created their own peaceful and secret society within an exclusive luxury apartment building called Fabletown. But when Snow White's party-girl sister, Rose Red, is apparently murdered, it is up to Fabletown's sheriff, a reformed and pardoned Big Bad Wolf (Bigby Wolf), to determine if the killer is Bluebeard, Rose's ex-lover and notorious wife killer, or Jack, her current live-in boyfriend and former beanstalk-climber.


Opinião: 

Quando o mundo real e o mundo de fantasia se encontram. Quando o mundo de fantasia não é tão perfeito e mágico como se possa pensar. Quando o caos está por todo o lado. 

É assim que começa esta história, depois de uma ameaça apenas conhecida como o «Adversário», expulsar as Fables, como se intitulam as personagens, dos seus reinos mágicos onde se passaram as suas histórias. Obrigadas a viver no nosso mundo, criaram uma comunidade clandestina na cidade de Nova York, a Cidade das Fábulas (Fabletown), em situação de exílio. No entanto, os humanos não sabem que partilham a cidade com as mesmas personagens que leram nos livros de infância, e é importante que as personagens consigam manter os seus disfarces. 

Em Fables, as personagens que não conseguem viver na sociedade humana, vivem na «Farm», nos subúrbios de NY. É a Branca de Neve, vice-prefeita, quem manda na comunidade, e está divorciada do seu 'Príncipe Encantado'. No entanto, um desaparecimento misterioso e possível crime, de Rose Red, irmã de Branca de Neve, envolve toda a história. Jack, o namorado de Rose Red vai ser considerado o principal suspeito. É Bigby, o Lobo Mau, que irá investigar e desvendar o mistério. 
Em Fables, encontramos muitas das personagens de fantasia da nossa infância, como o Pinocchio, a Rapunzel, a Belle, a Cinderella, o João Pé-de-Feijão, os 3 porquinhos, entre muitos outros. As personagens enfrentam vários problemas e o maior desejo de todas é poderem voltar às suas terras natais, depois de derrotarem o anónimo 'Adversário', e poderem regressar à normalidade.

Nunca fui uma grande fã de Banda Desenhada. Aliás, este foi o primeiro livro de BD completo que já li. Sempre quis dar uma uma oportunidade a este género para ver se gostava e como este livro me foi recomendado e emprestado por uma amiga, foi uma ótima maneira de começar. 
Fables é uma série de histórias escritas desde 2002, e já conta com 150 números publicados . Penso que é uma série bem conseguida, criativa, divertida e com um enredo muito cativante. Uma das coisas que mais gostei, foi o facto de o autor ter dado ao leitor uma outra perspetiva sobre o futuro das personagens, algo mais real e diferente, não o típico 'e viveram felizes para sempre.' Há alguns aspetos que não estão muito aprofundados ou detalhados, mas penso que o serão com o avançar da série. É um livro relativamente pequeno, que se lê bastante bem e apesar de ter uma história que envolve algum mistério, suspense e temas importantes, não é uma leitura muito complexa. 
As personagens estão bem caracterizadas e desenvolvidas. Destaco principalmente a Branca de Neve, que é uma mulher independente, competente, trabalhadora e com um sentido de humor muito particular. Não é aquela menina jovem, inocente e à espera do seu Príncipe Encantado a que estávamos habituados, e como nunca tinha lido nada assim, achei imensa graça. Tem muitos momentos engrançados. 

A arte e a qualidade das imagens também está incrível (talvez para alguém com mais experiência na leitura de BD não considere um fator muito relevante, mas eu gostei). 
O final, apesar de ser um pouco previsível a meu ver, não deixa de ser interessante. Já li o segundo volume, e é sem dúvida uma série que pretendo continuar a ler! 
Deixo aqui em baixo alguns excertos do livro :) 




















(Alguns excertos do livro)



domingo, 7 de maio de 2017

Opinião - A Bela e o Monstro- Novelization, Elizabeth Rudnick


Título: A Bela e o Monstro
Título Original: Beauty and the Beast 
Autora: Jeanne-Marie LePrince de Beaumont (adaptado por Elizabeth Rudnick)
Tradução: Luís Serrão
Editora: Dom Quixote
Publicação: fevereiro de 2017
Nº de Páginas: 208
ISBN: 978-972-20-6172-8
Classificação temática: Fantasia 
Lido: 30-04-2017 a 04-05-2017
No Goodreads: 5/5 estrelas 











Sinopse:

Um conto tão antigo como o tempo...
Bela quer mais da vida do que a pequena aldeia de Villeneuve tem para oferecer. É uma rapariga diferente das outras pessoas, com as suas próprias ideias, muito independente e cheia de força de vontade, além de adorar livros. Anseia por viagens e aventuras, por uma vida tão emocionante como as histórias que lê.

No entanto, quando o seu querido pai é feito prisioneiro por um monstro, num castelo encantado, o caminho de Bela muda para sempre. Pondo em risco a sua liberdade e o seu futuro, toma o lugar do pai no seu sequestro, com a secreta promessa de fugir.

Mas, quanto mais vai sabendo sobre o monstro e o castelo misterioso, mais Bela se apercebe que talvez a história dele — tal como a sua — seja mais importante do que alguma vez poderia ter imaginado.



Opinião:
'Um conto tão antigo como o tempo...' mas que não perde a sua magia e o seu encantamento que desde 1756 tem vindo a marcar gerações.
Inicialmente escrito em 1740 por Gabrielle-Suzanne Barbot e mais tarde resumido por Jeanne-Marie LePrince de Beaumont em 1756 (a versão mais conhecida), já foi reeditado, adaptado, filmado e encendado diversas vezes, em todo o mundo. 
Gostei mesmo muito de ler esta versão, a 'novelização' adaptada por Elizabeth Rudnick, do filme live-action, que saiu em março e conta não só com a particiação da linda Emma Watson no papel de Belle, mas também com outros excelentes atores. O filme está simplesmente maravilhoso!!
Sinceramente, esta história, e igualmente um grande clássico da Walt Disney, nunca foi dos meus preferidos. Acho que nunca lhe prestei a devida atenção. E foi o novo filme e a leitura deste livro que me fizeram gostar ainda mais desta história, de uma maneira muito mais especial. Adoro a personagem principal, Belle. Como não adorar? Adora ler, tem uma forte personalidade, é independente, carismática, corajosa, inteligente, e está sempre à espera da próxima aventura, mesmo que essa aventura se encontre dentro das páginas de um dos seus livros. Está muito à frente do seu tempo. E isso revela-se na sua enorme força de vontade em ajudar as meninas da aldeia impossibilitadas, pela mentalidade da altura, de poderem aprender a ler. O seu maior sonho é viajar, poder sair da sua pequena vila, e partir à descoberta de novos lugares, de novas pessoas, de novas experiências. 
Todas as outras personagens são muito peculiares e interessantes, cada qual à sua maneira. Desde os aldeões aos hilariantes objetos animados do castelo. Todos têm um importante papel, acrescentam algo de novo e contribuem para enaltecer a aventura. 
É muito giro ir observando a relação entre a Belle e o Monstro, ensinando-nos importantes lições de vida, de um modo muito subtil, como mostrar que o que realmente importa é a beleza interior, e como as pessoas se podem sempre transformar em algo melhor. O importante é sermos bons, genuínos, verdadeiros e humildes. Penso que é aqui que se encontra a verdadeira essência e beleza desta história. 
Este livro tem uma escrita simples mas ao mesmo tempo bela. Não é tão infantil como a versão para crianças.  Para não falar nos vários detalhes ilustrados nas páginas. Dá ainda mais beleza à leitura. E a capa também está perfeita! No geral, lê-se facilmente e de uma forma rápida. 
No entanto, penso que certos aspetos poderiam ter sido mais aprofundados e melhor explicados. Na minha opinião, a maior diferença entre o que interpretamos do livro e do filme, é que no livro acreditamos que o Monstro se apaixona por Belle sobretudo por ela ser realmente bonita, a rapariga mais bonita de Villeneuve. Mas a Emma Watson tem algo de especial, que nos faz perceber que de facto ela é realmente bonita, mas não é esse o verdadeiro motivo que leva o Monstro a apaixonar-se por ela, mas sim a sua personalidade, a sua paixão pela literatura e pela vida, a sua dedicação ao pai, a sua capacidade de trazer ao de cima as melhores qualidades que o Monstro pensava que não tinha. Por ser diferente. Por não ter de vestir-se ou comportar-se de uma determinada maneira para poder ser mais bonita. Espero ter-me feito entender :) 
Em suma, adorei ter lido este livro que tem um encanto muito próprio. É imortal. É para os fãs da Disney ou para os fãs dos clássicos contos de fadas. É sempre bom sonhar, voltar à inocência da infância e reviver estes momentos. Recomendo mesmo a sua leitura. 

“Against the odds, the Beast had shown her true beauty. He had shown her it was okay to feel lost and made her realize how desperately she had wanted to be found. She had learned that things were not always what they seemed, that people could surprise you. He had given her the one thing she had always longed for - something more.” 

 

               


 


Trailer do filme lançado este ano: