sexta-feira, 9 de junho de 2017

Opinião - Um pedacinho de Céu, Julia Quinn


Título: Um pedacinho de Céu
Título Original: Just like Heaven
Autora: Julia Quinn
Editora: ASA
Série: Quarteto Smythe-Smith Vol I
Tradução: Helena Ruão
Publicação em Portugal: abril de 2017
Nº de Páginas: 344
ISBN: 9789892338460
Temática: Romance
Lido: 31-05-2017 a 01-06-2017
No Goodreads: 5/5 estrelas 






Sinopse:
Quem conhece Honoria Smythe-Smith sabe que, para lá das suas inúmeras qualidades, a jovem tem algumas… enfim… particularidades, nomeadamente:
1. É uma entusiástica (e péssima!) violinista 
2. Fica fora de si sempre que alguém diz "Bicho" 
3. NÃO está apaixonada (não está!) pelo melhor amigo do irmão.

Já Marcus Holroyd, conde de Chatteris, é o seu oposto. É um rapaz tímido e responsável, mais conhecido por:
1. Ser lamentavelmente dado a entorses do tornozelo 
2. Carregar o fardo de ser um dos solteirões mais cobiçados
3. NÃO estar (de todo!) apaixonado pela irmã do melhor amigo 


Juntos…
1.São grandes amigos
2. Comem quantidades escandalosas de bolo de chocolate 
3. Sobrevivem ao pior espetáculo musical do mundo

 Julia Quinn tem para eles planos que incluem…
1. Uma febre mortífera 
2. Momentos (muito!) embaraçosos
3. Um final desesperadamente romântico



Opinião:
Porque é que não comecei a ler os livros de Julia Quinn há mais tempo? A sério, adorei tanto este livro. Superou totalmente as minhas expetativas, que eram bastante altas! Já tinha ouvido falar muito bem da autora e tenho pena de ter demorado tanto tempo a dar-lhe uma oportunidade. Pois não me desiludiu, de todo.

Numa época onde para as mulheres fazer um bom casamento era a prioridade das suas vidas, Honoria, personagem principal, está desesperada para casar, sair de casa e principalmente, agradar à sua mãe. Mas não poderia imaginar que o melhor amigo do irmão, Marcus, andava a trocar as voltas aos seus pretendentes, despachando-os a todos. E é no meio deste 'pequenino' segredo de Marcus que a história se desenrola, com vários momentos engraçados, embaraçosos e até um pouco aflitivos. Porque sim, Marcus quase morre por culpa de Honoria. Mas enquanto ela está em pânico e com medo de o perder, ele só consegue ver o lado positivo da situação. A verdade é que a sua relação, se vai intensificado e florescendo cada vez mais, enquanto ela ajuda a tratar dele, e foi giro ver a união que se criou entre eles. Adorei o facto de a história estar recheada de humor, é sempre da minhas características preferidas. 

Honoria é uma rapariga muito divertida, com sentido de humor e um pouco irreverente, sempre com uma resposta sarcástica na ponta da língua. E por isto e muito mais, identifiquei-me imenso com ela. Não poderia ser mais diferente de Marcus, pois ele prefere sempre não ser o centro das atenções, mas é igualmente uma personagem muito interessante. Uma das personagens masculinas que mais gostei até agora! Faz-me lembrar um pouco o Darcy de Orgulho e Preconceito. 
Das restantes personagens destaco a família de Honoria, sobretudo as suas primas. Diverti-me imenso com elas e com as suas conversas, enquanto ensaiavam para os saraus musicais tradicionais da família. Os desastrosos, terríveis mas hilariantes saraus. Já sei que os restantes três livros da série vão ser sobre cada uma das restantes membros do quarteto musical e estou ansiosa para descobrir mais sobre elas, mais aprofundadamente do que possam ter sido neste livro. 

Li este livro em dois dias, é uma leitura muito agradável, com uma escrita bela e encantadora, que me prendeu até à última página. É uma história enternecedora e reconfortante, que nos deixa com um sorriso no rosto no final. Porque Honoria estava tão desesperada na sua busca pelo marido ideal, que não percebeu que aquilo que mais precisava, e queria, esteve sempre ali, ao seu lado. É demasiado fofo. E a capa, nem sei explicar o quanto a acho incrível, tão cheia de detalhes, tão linda! Vale mesmo a pena ler, sobretudo para quem aprecia romances/romances históricos. 

Mal posso esperar pela sua continuação, mas até lá vou sem dúvida iniciar a leitura da outra série da autora, e a mais conhecida, Bridgertons. 

« - Como te sentes? - perguntou ela, tentando ajeitar a almofada. - Tirando a parte de te sentires pessimamente, quero dizer.
Ele moveu a cabeça ligeiramente para o lado. Parecia ser uma versão enferma de um encolher de ombros.
- Claro que te sentes péssimo - esclareceu ela -, mas achas que há alguma mudança? Mais péssimo? Menos péssimo? 
Ele não respondeu.
- A mesma quantidade de péssimo? - Ela riu-se. Riu-se mesmo. Extraordinário. - Estou a ser ridícula
Ele assentiu. »















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